Desenho Universal, dessa palavra logo pode imaginar um traçado de
linhas que desenhe algo universalmente para todos. Aprofundando mais no termo
Desenho Universal podemos perceber a capacidade de transformar e democratizar a
vida das pessoas em diversos e amplos aspectos, como infraestrutura urbana,
prédios públicos, casas e até produtos de uso no dia-a-dia.
A partir do período Modernista a arquitetura foi
muito valiosa e marcou profundamente conceitos de estética e construção que são
ensinados até os dias de hoje. Um dos mais respeitados arquiteto desse período
foi Le Corbusier um francês que difundiu a base desse movimento Modernista pelo
mundo. Um dos preceitos de Le Corbusier “era padronizar o homem” que seguia o
ícone do Homem Vitruviano desenhado por Leonardo da Vinci que possuía dimensões
perfeitas de um homem jovem e saudável que levou alguns arquitetos adota-lo
como o “homem padrão”, assim deixando de fora do ato de projetar, pessoas
deficientes, idosos, grávidas, crianças e todos os cidadãos que fogem do modelo
padrão.
A partir das pessoas que ficarão de fora do modelo padrão, começou a se questionar a necessidade de desenvolver produtos e serviços que atendessem a todas as pessoas, independentemente de sua estatura, condição de mobilidade ou faixa etária. A ideia seria criar um novo padrão que pudesse atender às necessidades de todos, surgindo à ideia do que hoje conhecemos como Desenho Universal.
O Desenho Universal ou Universal Design não surgiu da cabeça de um único homem, mas originou-se de uma proposta criada por uma comissão em Washington, EUA, no ano de 1963, chamada inicialmente de “Desenho Livre de Barreiras” o termo Desenho Universal foi usado primeiramente em 1985, pelo arquiteto americano Ronald Mace, que usava cadeira de rodas e um respirador artificial. Formado, em 1966, pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, Mace se envolveu com a proposta de criar ambientes que fossem acessíveis à maior parte possível das pessoas, independentemente de sua idade, habilidade, estatura ou condição física e sensorial.
O Desenho Universal nasceu dessas propostas, de criar e adequar produtos e serviços de forma mais ampliada para facilitar sua utilização por crianças, pessoas com restrições de mobilidade e idosos, respeitando assim a diversidade humana e promovendo a inclusão de todos nos espaços de convivência social.
O termo “Desenho Universal” passou a desempenhar um papel fundamental de atenção para um projeto arquitetônico em áreas públicas ou privadas, interna e externa respeitando as diferenças existentes entre todas as pessoas.
Pensando no papel fundamental do Desenho Universal, Ronald Mace (1985) desenvolveu os sete princípios que são essenciais aos profissionais que desejam produzir espaços para a diversidade humana.
Os sete princípios do desenho universal
-Equiparação nas
possibilidades de uso: o design é útil e comercializável às pessoas com
habilidades diferenciadas;
-Flexibilidade no
uso: o design atende a uma ampla gama de indivíduos, preferências e
habilidades;
-Uso simples e
intuitivo: o uso do design é de fácil compreensão;
-Captação da
informação: o design comunica eficazmente ao usuário as informações
necessárias;
-Tolerância ao erro:
o design minimiza o risco e as consequências adversas de ações involuntárias ou
imprevistas;
-Mínimo esforço
físico: o design pode ser utilizado de forma eficiente e confortável;
-Dimensão e espaço
para uso e interação: o design oferece espaços e dimensões apropriadas para interação,
alcance, manipulação e uso; Circulação de largura de 0,90 m e altura de 2,10m;
Vãos de porta de 0,80m (mínimo); Diâmetro mínimo de 1,50 m para manobras de uma
cadeira.
O que Ronald Mace queria com esses setes princípios
era facilitar o ato de projetar de um arquiteto quando ele pensasse em Desenho
Universal, desenvolvendo soluções simples e lógicas, que atenda uma grande
diversidade humana, sem tecnologias sofisticadas e a custos acessíveis,
facilitando a acesso do usuário com deficiências ou não.
Autor: Flávio Braz
REFERÊNCIAS
KISS, Paulo. Design
para Todos. Disponível em: http://www.revistatechne.com.br; Acesso em:
05/11/2012.
CARLETTO, Ana
Claudia; CAMBIAGHI, Silvana. Desenho Universal: um conceito para
todos. São Paulo: Mara Gabrilli, 2008.
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TODOS. Desenho Universal: arquitetura para todos. Disponível em: http://www.brasilparatodos.com.br; Acesso
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FROTA,
Thais. Desenho Universal: na Pratica! Disponível em: http://thaisfrota.wordpress.com; Acesso em:
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ZAGO, Fernanda.
Desenho Universal: arquitetura para todos. Disponível em: http://www.fernandazago.com.br;
Acesso em: 10/11/2012.